
As pessoas estão cada vez mais preocupadas em aumentar o consumo de proteínas — com razão, já que o nutriente é essencial para a construção e a preservação da massa muscular, considerada um "estoque de saúde" importante para o envelhecimento saudável.
O problema é que, com a vida agitada, muitas vezes esse incremento de proteínas é feito por meio de suplementos em pó ou alimentos ultraprocessados, como shakes e barrinhas, que não são as melhores opções para o organismo e devem ser consumidos com moderação.
Mas, de acordo com especialistas ouvidos pela reportagem, não é tão difícil alcançar a mesma quantidade de proteína presente em um whey protein (suplemento mais popular do nutriente) com alimentos de origem natural. Basta saber fazer boas escolhas e organizar a dieta.
Veja exemplos do que comer e suas quantidades aproximadas de proteína por porção — para comparação, uma dose de whey ter entre 20 g e 25 g de proteína:
filé-mignon grelhado (100 g): 33 g de proteína,
peito de frango grelhado (100 g): 30 g de proteína,
salmão (150 g): 24 g de proteína,
1 lata de atum (natural): 20 g a 25 g de proteína,
2 ovos inteiros: 12 g de proteína,
iogurte grego sem açúcar (170 g): 15 g de proteína,
queijo cottage (1/2 xícara): 14 g de proteína,
grão-de-bico cozido (1 concha cheia): 10 g de proteína,
soja cozida (100 g): 7 g de proteína,
lentilhas cozidas (1 concha cheia): 7 g de proteína.
A quantidade varia conforme o nível de atividade física de cada pessoa. Mas, de forma geral, alguém que busca manter um bom percentual de massa muscular e a saúde precisa consumir de 1,5 g a 2 g de proteínas por quilo de peso corporal ao dia.
Portanto, uma pessoa com 70 kg deve comer algo de 100 g a 140 g de proteínas ao dia. Para alcançar esse número, a recomendação é sempre incluir ao menos um dos alimentos citados acima em todas as refeições.
Ao escolher um alimento industrializado que se diz proteico, preste muita atenção nas informações da embalagem.
Como a Sari Fontana explicou no Guia do Supermercado, muitos produtos estampam em letras grandes no rótulo a quantidade de proteína presente em toda a embalagem, e não na porção que geralmente consumimos.
Exemplo: uma garrafa grande de iogurte destaca ter 28 g de proteína, mas você só irá ingerir todo esse nutriente se tomar 500 ml da bebida. Porém, em um lanche ou café da manhã, a porção "normal" que consumimos de iogurte geralmente é de 200 g.
Além disso, Sari Fontana destacou em outra coluna que é muito comum barrinhas e shakes serem vendidos como alimentos proteicos, mas ao olhar a tabela nutricional notamos que esses alimentos geralmente contêm mais carboidratos e gorduras do que proteínas. Portanto, leia sempre os rótulos para fazer boas escolhas.