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Publicado em 19/04/2020 07:10:53

Região Noroeste é um dos epicentros do surto de dengue no RS

Cerro Largo, Santo Ângelo e Santo Cristo estão entre as cidades que registram mais casos
Aplicação de inseticida na Vila Santa Maria, em Cerro Largo (Foto: Arquivo)

O aumento no número de casos de dengue vem preocupando cidades das regiões Noroeste e Norte do Rio Grande do Sul.

Em meio à pandemia de coronavírus, o estado tem o maior número de casos de dengue desde 2016.

Do início do mês de abril, quando eram 410 registros, o número triplicou para 1.232. Três Passos é a cidade com mais casos confirmados, com 217 (até sexta-feira, 17/4).

As cidades de Cerro Largo (139 casos), Santo Ângelo (104 casos), Santo Cristo (187 casos), Santa Rosa (69 casos), Três Passos (217 casos) e Constantina (193 casos) somam juntas 73,7% do total de casos de dengue no estado em 2020.

AÇÕES DE COMBATE

Nas cidades de Constantina, no Norte, e Santo Ângelo, na região das Missões, as ações de combate foram reforçadas. Além das vistorias nos pátios das casas, também acontecem conversas com moradores para conscientização sobre a importância da eliminação de criadouros do mosquito.

"O importante é eliminarmos os criadouros para podermos eliminar o mosquito da dengue. Não adianta só a parte pública fazer o seu trabalho se as pessoas não entenderem, então precisamos do apoio de todos", destaca o coordenador da 12ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Iury Sommer Zabolotsky.

DENGUE EM CERRO LARGO

O prefeito de Cerro Largo, Valter Hatwig Spies, que também acumula a função de Secretário da Saúde, informa "que o trabalho de prevenção continua mobilizando profissionais, tanto da equipe de endemias, como agentes de saúde. Segundo informado pela equipe de endemias, foram verificados vários casos nas caixas d'água que armazenam água da chuva, por isso pedimos o máximo de atenção dos moradores, cada um em sua propriedade".

SUBNOTIFICAÇÃO PREOCUPA

Um problema que também preocupa as autoridades sanitárias das cidades atingidas pelo surto de dengue é a subnotificação, que acontece quando casos leves ou moderados da doença são diagnosticados em exames laboratoriais, mas acabam ficando de fora das estatísticas oficiais.

A excessiva burocracia contribui para este quadro. Não basta ter um exame laboratorial com resultado positivo para dengue, para o caso entrar para os "números oficiais". É preciso que a pessoa faça um novo exame, que será remetido ao LACEN/RS, em Porto Alegre, e somente após a chegada do resultado é que o caso será "confirmado e notificado".

Em Cerro Largo, extraoficialmente, fontes ligadas à área da saúde estimam que o número "real" de casos de dengue seja pelo maior quatro vezes maior que o número "oficial" (139), ou seja, aproximadamente 400 pessoas já teriam sido infectadas pela doença, apenas em 2020.

DENGUE HEMORRÁGICA

Casos de dengue hemorrágica, a forma mais perigosa da doença, têm causado uma preocupação adicional as autoridades gaúchas, pois pode levar os pacientes à morte.

E as primeiras vítimas já foram registradas na região Noroeste.

No dia 2 de abril um homem de 59 anos, morador de Santo Cristo, morreu vítima de dengue hemorrágica no Hospital Vida e Saúde, em Santa Rosa.

E um dia depois (3), uma mulher de 71 anos morreu no Hospital Santo Ângelo, com a mesma causa mortis.

Fonte: Everson Dornelles / Luis Henrique Franqui
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