Ao mesmo tempo em que a pandemia de Covid-19 afeta a saúde física da população, ela também afeta a mental.
O isolamento para conter a propagação da doença, associado à crise econômica ao desemprego e a própria ansiedade em relação à contaminação colocam à prova nosso bem-estar psicológico.
Assim, a Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstra um aumento nos índices de depressão, doença que atinge mais de 320 milhões de pessoas no mundo.
A depressão que impacta a maioria dos pacientes é a unipolar, também conhecida como transtorno depressivo maior. A causa mais comum é de cunho genético, mas também pode ser provocada por perdas, estresse e até problemas neurológicos.
Mas existem classes diferentes de depressão e as mais comuns e conhecidas são: depressão psicótica, distima e bipolar. Sendo que muitas vezes há o diagnóstico errôneo e consequentemente o tratamento inadequado, com o individuo convivendo com o sofrimento por longos períodos.
Sendo assim, vamos destacá-los a seguir:
Depressão bipolar: mais difícil de ser identificada, pode ser de dois tipos. O transtorno bipolar do tipo 1 é a forma mais clássica e é caracterizado pela euforia (mania e hipomania). E o do tipo 2, que é a depressão bipolar, o paciente apresenta quadros de tristeza e hipomania, estado mais leve de euforia, otimismo e, às vezes, agressividade. Para o paciente ser caracterizado com a condição, ele precisa ter episódios de hipomania pelo menos uma vez ao longo da vida, durante quatro dias ou mais. Ele deve ser expor a atividades de risco como gastos excessivos, vontade exacerbada de fazer sexo, pouca horas de sono.
Distimia: menos conhecida. O transtorno depressivo persistente ou Distimia é uma depressão crônica, caracterizada por sintomas que duram por até dois anos ou mais, com causa ainda pouco conhecida pelos médicos, mas os especialistas acreditam que seja multifatorial. Ela é menos comum, e o próprio paciente pode não reconhecê-la por achar que os sinais estão relacionados à personalidade. É a típica pessoa que reclama toda hora, que tem uma visão pessimista das coisas e vive em uma rotina de lamentações. O que dificulta o diagnóstico é que na grande maioria dos casos, familiares e amigos acham que é o 'jeito' dela e que vai passar com a idade. Esses sintomas podem evoluir para uma depressão mais grave. O paciente demora a procurar ajuda porque acredita que não é nada e o quadro depressivo só piora. É uma pessoa funcional, que come, dorme, consegue trabalhar. O grande problema é que a doença provoca um impacto bem grande na qualidade de vida, já que o indivíduo reclama o tempo todo, está sempre de mau humor e sofre com baixa autoestima.
Depressão psicótica: a forma mais grave. Além de tristeza, o paciente sempre apresenta sintomas psicóticos como alucinações e delírios. É uma alteração dos cinco sentidos. Você pode ouvir e ver coisas, sentir cheiros e até toques. Considerada rara, a depressão do tipo psicótica é provocada por luto, traumas ou cobrança excessiva em relação a si mesmo. Neste quadro depressivo, as chances de reações suicidas são maiores e, por isso, familiares devem ficar atentos. É necessário ter um acompanhamento frequente até a melhora dos sintomas.
É fundamental distinguir os vários tipos de depressão, pois o tratamento é diferente.
Caso não sejam tratados, os pacientes permanecem deprimidos e além dos sofrimentos psíquicos apresentam perda de funcionalidade, dificuldades cognitivas, adoecimento físico e risco de suicídio.
Lembre que buscar ajuda de um profissional é um ato de coragem e demonstração de carinho com você e com quem você ama. Se se sente esgotado, cansado e desanimado, busque ajuda e informações com profissionais, a maioria dos casos depressivos é necessário associação de medicamentos e psicoterapia para ter um resultado adequado.
Márcia Alves Hening
Psicóloga (CRP 07/28377)
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