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Publicado em 16/08/2023 19:37:00

Grávidas podem malhar?

Veja quais são os exercícios mais recomendados para gestantes
Capitão Gabriela Andrade viralizou após postar vídeo no crossfit (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

Especialista da UFES explicou que grávidas devem sim se exercitar. Vídeo da capitão Gabriela, bombeira do Espírito Santo, grávida fazendo crossfit viralizou nas redes sociais e trouxe à tona a polêmica

O vídeo da capitão Gabriela Andrade, bombeira do Espírito Santo, grávida fazendo crossfit viralizou nas redes sociais e trouxe à tona uma polêmica: gestantes podem fazer exercícios físicos? E que tipo de atividades?

Conversamos com o pesquisador e doutorando de Educação Física da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Rodrigo Nogueira, que explicou sobre quais exercícios são indicados e reforçou que grávidas devem ter uma vida saudável e ativa.

Rodrigo explicou que existem recomendações gerais para a prescrição de exercícios para gestantes segundo o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas. Um ponto importante é que mulheres sem nenhuma contraindicação deveriam estar ativas durante a gestação.

"Existem uma gama de exercícios que a gestante pode fazer, isso vai depender de cada uma e de qual período gestacional ela se encontra", disse Rodrigo.

Uma receita básica para manter uma gravidez saudável é:

- Acumular 150 minutos no mínimo de exercícios físicos com intensidades moderada por semana;
- Realizar exercícios no mínimo 3x por semana, podendo ser realizado todos os dias;
- Realizar treino para o assoalho pélvico para reduzir o risco de incontinência urinária.

Segundo o profissional de educação física, algumas regiões, podem ser priorizadas pelas grávidas como, musculatura paravertebral, lombar, cintura escapular, cintura pélvica e região dorsal. Agachamentos também são sempre recomendados, juntamente com exercícios respiratórios e de mobilidade.

Aeróbicos, yoga e alongamentos também são boas opções.

"Mulheres sedentárias podem realizar exercícios leves e com a evolução da gestação podem ir aumentando gradativamente o esforço, ela só não pode querer virar atleta durante a gestação se ela não era atleta antes", explicou o profissional de Educação Física.

As contra indicações para grávidas são evitar exercícios de alto impacto que aumentem a pressão intra abdominal e evitar exercícios com risco de quedas, traumas e colisões.

 

Exercícios físicos ajudam na hora parto

Rodrigo explicou que exercícios são essenciais para deixarem a mulher mais preparada para o parto, principalmente parto normal.

"O exercício vai aumentar o condicionamento físico ajudando a mulher na hora do parto normal, visto que o parto normal demanda muita energia e se a mulher é condicionada passará por este momento um pouco mais tranquila", comentou.

Foi o que aconteceu com a capitão Gabriela, que postou o vídeo, disse que com a rotina recheada de exercícios, conseguiu realizar o parto normal.

"Me ajudou a ter força, resistência, tranquilidade e segurança para realizar o meu tão sonhado parto normal", relatou a Capitão.

Além de treinos de crossfit, a capitão também praticou surfe, natação, corrida e futevôlei durante a gravidez. Gabriela contou que sempre praticou atividades físicas e foi atleta em diversas modalidades esportivas. Para ela, a gravidez não poderia ser motivo para mudar essa rotina.

"Não haveria motivos para parar durante a gravidez, já que fui acompanhada e orientada por diversos profissionais da área de saúde que a todo momento me incentivaram e me conduziram muito bem nesta caminhada. Isso não quer dizer que qualquer um pode fazer, mas que meu corpo estava preparado para aquela intensidade", comentou Gabriela.

A recomendação principal de profissionais de educação física e também ginecologistas e obstetras é sempre ser acompanhada por um médico.

"A minha médica obstetra foi durante toda a minha gestação me acompanhando. Ela pediu pra monitorar batimento cardíaco, falava só pra não progredir na carga, mas pra continuar fazendo as atividades que eu já fazia", disse a Capitão.

Os médicos reforçam que, com cuidados médicos, nem a mãe nem o bebê sofrem nenhum risco durante a prática de exercícios físicos.

"Não existe uma contraindicação para uma outra modalidade em si, o que a população tem que ter em mente é a diferença de uma pessoa muito bem condicionada e que já pratica algum esporte de quem nunca fez. Além disso, cabe ao professor de Educação Física saber para quem, quando é por quanto tempo ele vai prescrever uma atividade, volume de treino e intensidade, pensando sempre na resposta individual de cada pessoa", finalizou Rodrigo.

Fonte: Viviane Lopes / G1
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