O Brasil registrou a quinta morte por varíola dos macacos, a terceira no Rio de Janeiro.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o paciente tinha histórico de comorbidades que agravou o caso da doença.
Em entrevista à CNN Rádio, a virologista e membro do Comitê de Emergência da OMS, Clarissa Damaso, afirmou que "o número de casos continua aumentando, mas num ritmo menor do que há um mês".
Há dois meses, eram registrados 250 casos da doença por dia, e, agora, este patamar está entre 70 e 90.
"A situação inspira cuidados, precisamos aumentar a comunicação para a prevenção correta, mas está melhor do que estava", explicou.
O quadro que caminha para a estabilização, segundo a virologista, é mundial.
Clarissa chamou a atenção para o fato de que a varíola dos macacos atinge as pessoas imunossuprimidas com mais gravidade.
"Por isso, seria importante ter o antiviral em estoque no Brasil, para que fosse administrado no início do diagnóstico, para impedir que se torne grave".
Damaso destaca que o número de doses da vacina contra a varíola dos macacos é bem pequeno "para o que a gente precisaria".
Ela conta que os grupos preconizados para tomar o imunizante são os profissionais de saúde de linha de frente, aqueles que trabalham em laboratórios de diagnóstico e pesquisa, além de homens que fazem sexo com outros homens.