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Publicado em 17/11/2023 17:51:54

Temperatura ideal do ar-condicionado varia para homens e mulheres

Por uma questão hormonal, o homem sente mais calor que a mulher
Imagem meramente ilustrativa (Foto: Freepik)

Temperatura ideal do ar-condicionado varia 2,5ºC para homens e mulheres: como a ciência explica a diferença?

A resposta está na ciência: por uma questão hormonal, o homem sente mais calor que a mulher e, por isso, precisa de uma temperatura mais baixa no ar-condicionado. Diferença de temperatura de conforto entre os gêneros é de 2,5°C.

Com esse calor intenso que temos vivido no país, manter o ar-condicionado ligado é um consenso entre todos. No entanto, a temperatura dele pode não ser. E a ciência explica que a base dessa disputa, comum no ambiente de trabalho, tem a ver com o gênero: mulheres sentem mais frio que os homens.

Segundo endocrinologistas, isso acontece por causa do metabolismo: os homens sentem mais calor em razão da testosterona, presente em maior quantidade no corpo masculino, o que faz com que eles gerem mais energia e, com isso, tenham um corpo mais quente. (Entenda mais abaixo.)

E estudos mostram que a temperatura mais baixa pode interferir no rendimento delas no trabalho.

A onda de calor tem gerado temperaturas extremas, com picos históricos. Nesta quinta-feira (16) Brasília, Goiânia, São Paulo e Vitória podem bater o recorde de calor do ano. Na semana passada, os termômetros na capital paulista chegaram a alcançar 37,8°C. No mesmo dia, a cidade teve um pico de consumo de energia, resultado também do uso de equipamentos de ar-condicionado.

 

Entenda por que mulher sente mais frio do que homem

Se o ambiente de trabalho tem sido um espaço de discussão sobre o avanço das questões de gênero, a onda de calor pode abrir mais uma: a temperatura do ar-condicionado.

A discussão é tão frequente que a ciência já se propôs a analisar o caso. E descobriu não só que as mulheres precisavam de um ambiente menos frio, mas que isso também pode interferir no rendimento delas no trabalho:

- Estudo publicado na revista Nature Climate Change, em 2015, analisou 38 mil respostas sobre a satisfação da temperatura nos escritórios em 168 cidades nos Estados Unidos. As respostas indicaram que a insatisfação com o frio era 1,8 vezes maior entre as mulheres.

- A mesma pesquisa ainda descobriu que o frio nos escritórios atrapalhava o rendimento de 42% das mulheres entrevistadas.

- Um estudo mais recente, de 2019, liderado por um pesquisador da USC School of Business, de Los Angeles, nos Estados Unidos, analisou a interferência da temperatura do ambiente no desenvolvimento cognitivo de 500 pessoas, entre homens e mulheres. A descoberta foi que as mulheres tinham melhor desempenho quando o ambiente era mais quente, próximo dos 26°C.

A médica endocrinologista Maria Fernanda Barca, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), explica que os homens sentem mais calor que as mulheres por causa da testosterona presente em maior quantidade no corpo masculino, o que faz com que eles produzam mais energia, ficando com um corpo mais quente.

"Com toda essa testosterona presente nos homens, eles vão sentir mais calor e, consequentemente, vão precisar que a temperatura do ar-condicionado seja muito mais fria do que para nós mulheres, que produzimos menos calor", afirma Maria Fernanda Barca, endocrinologista membro da SBEM.

Atenção: Apesar de as mulheres sentirem mais frio que homens, isso muda na época da menopausa. Nessa fase, a mulher sente as ondas de calor (fogacho), principalmente, na região da cabeça, pescoço e peito. Isso ocorre mesmo nos ambientes mais frios, mas é importante levar em consideração essa fase da mulher na discussão sobre a temperatura do ar.

 

Ministério do Trabalho põe regras para o ar condicionado

No Brasil, existe uma norma que regulamenta o ambiente de trabalho, incluindo a temperatura, e que é feita pelo Ministério do Trabalho, do governo federal. Na regra, a temperatura do ar deve ficar entre entre 18°C e 25°C.

Ou seja, pela regra, esse limite é o mais confortável para as mulheres.

O professor de Medicina do Trabalho do Centro Universitário São Camilo João Silvestre da Silva Junior diz que as empresas precisam cumprir a regra estabelecida, mas que a janela entre 18°C e 25°C permite que o número seja definido levando em conta a diversidade de gênero da equipe.

"É fato que, para que mulheres tenham um conforto térmico no trabalho, a temperatura do ar tem que ser maior. A gente tem uma regra para o ambiente de trabalho e, em empresas em que elas são maioria, o ajuste deve ser feito mais próximo do máximo, que é de 25°C", diz  João Silvestre da Silva Junior, professor de Medicina do Trabalho.

 

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Fonte: Poliana Casemiro / G1
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