O isolamento social, falta de conexão e solidão trazem impactos negativos para a saúde, de acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Estado de SP, Paulo Duarte.
Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tornou a solidão uma prioridade de saúde global.
A OMS lançou uma nova Comissão de Conexão Social para lidar sobre o assunto.
"O isolamento social se dá pela falta de conexão entre familiares, comunidades e sociedade, e não necessariamente há o sentimento da solidão", explicou.
A falta de pertencimento "pode acometer pessoas não isoladas do ponto de vista social".
Esse isolamento "não escolhe idade ou gênero", mas é mais frequente na população idosa.
A solidão e falta de conexão são "um fato de risco para outras doenças".
"Podem desencadear uma série de problemas mentais e físicos, como ansiedade, depressão, estresse, problemas cardiovasculares e demência", afirmou.
Para o geriatra, é necessário conectar as pessoas de forma mais ativa.
"Com programas nas cidades, famílias, comunidade, atividades ligadas ao terceiro setor também", disse.
Paulo Duarte destacou que também é necessário um incentivo do ponto de vista físico, como cursos e atividades físicas.
"O isolamento social precisa ser combatido, já que ele é um fator de risco assim como a hipertensão, diabetes e obesidade", alertou.