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Publicado em 21/09/2023 19:56:59

O que é testosterona?

E para que serve esse hormônio no corpo?
Foto: Reprodução / CNN

A testosterona — conhecida como o principal hormônio sexual masculino — desempenha um papel vital na saúde e no bem-estar dos homens

Por isso também, ela tem uma influência significativa em uma variedade de funções corporais: o desenvolvimento sexual, massa muscular, humor e até mesmo a saúde cardiovascular.

A seguir, entenda mais o que é testosterona, o que pode causar a queda desse hormônio e como ele pode ser aumentado naturalmente.

 

O que é e para que serve a testosterona?

A testosterona é um hormônio esteroide produzido principalmente nos testículos dos homens e, em quantidades menores, nos ovários das mulheres e nas glândulas adrenais de ambos os sexos.

Ela é conhecida como o principal hormônio sexual masculino. Entre suas principais funções, segundo especialistas, estão:

Desenvolvimento sexual: durante a puberdade, o hormônio é responsável pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias masculinas, como o crescimento de pelos faciais e corporais, o aprofundamento da voz, o aumento da massa muscular e o crescimento dos órgãos sexuais;
Regulação da libido: ela está ligada à libido e ao desejo sexual tanto em homens quanto em mulheres. Níveis saudáveis são importantes para a função sexual adequada;
Manutenção da massa muscular e óssea: O hormônio ajuda a promover o crescimento e a manutenção da massa muscular magra. Além disso, ela contribui para a densidade óssea, o que é importante para prevenir a osteoporose e outras condições ósseas;
Regulação do humor: pode influenciar o estado de ânimo, a energia e a motivação. Baixos níveis têm sido associados à depressão e à fadiga;
Produção de glóbulos vermelhos: o hormônio estimula a produção de glóbulos vermelhos na medula óssea, o que é importante para a oxigenação adequada dos tecidos;
Regulação do metabolismo: ela influencia o metabolismo, afetando o armazenamento de gordura e a regulação do açúcar no sangue.

 

Testosterona feminina x masculina

O hormônio testosterona está presente em ambos os sexos, embora seja frequentemente associada aos homens devido ao seu papel predominante nas características sexuais masculinas.

No entanto, tanto homens quanto mulheres possuem o hormônio em seus corpos, embora em diferentes quantidades.

Os homens têm níveis significativamente mais elevados de hormônio em comparação com as mulheres. Durante a puberdade, os níveis aumentam consideravelmente e continuam relativamente estáveis na idade adulta.

A maior parte da testosterona feminina é produzida nos ovários e nas glândulas adrenais. Além disso, os níveis nas mulheres variam ao longo do ciclo menstrual, sendo mais elevados na fase pré-ovulatória.

O hormônio influencia nas características sexuais secundárias masculinas, como o crescimento de pelos faciais e corporais, a voz mais profunda, o aumento da massa muscular, função erétil e a produção de esperma.

Mesmo que em menos níveis, ela também tem sua importância para mulheres: contribui para a libido, a saúde dos ossos, a manutenção da massa muscular e a regulação do humor.

 

Quais são os sintomas da testosterona baixa?

A síndrome de deficiência de testosterona (SDT) é uma entidade clínica e bioquímica muito comum, afetando aproximadamente 2-5% dos homens com mais de 40 anos, segundo esse artigo publicado no Atos Urológicos Espanhóis.

Também conhecida como hipogonadismo, ela pode manifestar uma variedade de sintomas em homens.

É importante lembrar que esses sintomas podem ser causados por várias condições médicas, e a presença de alguns deles não necessariamente indica uma deficiência do hormônio.

Alguns dos principais sintomas, segundo o estudo também, são:

Fadiga e falta de energia: uma das queixas mais comuns é a sensação persistente de cansaço, mesmo após um sono adequado;
Diminuição da libido: a redução do desejo sexual é um sintoma comum de deficiência. Isso pode incluir uma diminuição no interesse por sexo e dificuldade em manter ereções;
Disfunção erétil: homens com baixos níveis podem experimentar dificuldade em obter ou manter uma ereção durante a atividade sexual;
Diminuição da massa muscular: como o hormônio desempenha um papel na manutenção da massa muscular, portanto, a deficiência pode levar à perda de músculos e força;
Aumento da gordura corporal: baixos níveis podem estar associados ao acúmulo de gordura corporal, especialmente ao redor da área abdominal;
Alterações de humor: esse sintoma pode incluir sintomas de depressão, irritabilidade, ansiedade e baixa autoestima.

O diagnóstico e o tratamento devem sempre ser realizados por um profissional de saúde qualificado.

 

O que causa a queda desse hormônio no organismo?

A queda dos níveis no organismo pode ser causada por uma variedade de fatores e condições médicas.

Alguns dos principais contribuintes, de forma geral, incluem o processo natural de envelhecimento, condições médicas específicas, lesões ou cirurgias nos testes, uso de certos medicamentos, doenças crônicas, como diabetes e obesidade, entre outros.

Estudos mostram que homem médio de 80 anos terá cerca de 50% menos do hormônio do que quando jovem.

No entanto, um estudo recente conduzido pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), na Bahia, descobriu uma forte relação entre obesidade e deficiência de testosterona em homens.

"Historicamente, se atribui a queda ao envelhecimento. (…) [No nosso estudo] a idade dos homens com e sem deficiência foi a mesma", explica o urologista José Bessa Junior, coordenador da pesquisa.

"O que nos chamou a atenção foi que a obesidade esteve fortemente associada à queda dos níveis em qualquer faixa etária. Homens obesos, com cintura abdominal maior que 110 cm, têm cinco vezes mais chance de ter essa deficiência do que homens magros", complementa.

 

Conheça os sintomas da testosterona alta

A testosterona alta, ou hiperandrogenismo, ocorre quando os níveis no organismo, principalmente em mulheres, estão anormalmente elevados.

Isso pode ser causado por várias razões, incluindo distúrbios hormonais, tumores, medicamentos e outras condições médicas.

Embora possa acontecer em ambos os sexos, é mais fácil de notar em mulheres, pois desenvolvem características que não são em alta quantidade como em homens.

Por exemplo, pode acontecer o crescimento excessivo de pelos corporais, especialmente em áreas onde os homens normalmente têm pelos, como o rosto, o peito, o abdômen e as costas. Isso pode ser um dos sintomas mais evidentes do hiperandrogenismo em mulheres.

O aumento dos níveis também pode levar ao desenvolvimento de acne, que pode ser mais severa do que o comum. A pele e o cabelo podem se tornar mais oleosos devido ao aumento da produção de sebo.

Mulheres com testosterona alta podem experimentar ciclos menstruais irregulares, amenorréia (ausência de menstruação) ou menstruação muito leves.

Embora seja mais comum que o hormônio promova o aumento da massa muscular em homens, em mulheres, o aumento dos níveis pode contribuir para um aumento indesejado da massa muscular.

Outro aspecto é que a testosterona alta pode interferir na ovulação e na fertilidade em mulheres, além do aumento da libido também.

 

Os riscos do uso de testosterona para ganho de massa muscular

O Conselho Federal de Medicina (CFM) proíbe a prescrição de terapia hormonal e anabolizantes com finalidades puramente estéticas.

Essa restrição se baseia em diversas razões. Entre elas, destaca-se a falta de estudos clínicos de alta qualidade que demonstrem claramente a extensão dos riscos associados ao uso dessas substâncias em homens e mulheres.

Além disso, não há consenso científico quanto à necessidade da terapia hormonal com testosterona para mulheres.

“Os derivados de testosterona surgiram e devem ser utilizados para o tratamento de problemas de saúde devidamente diagnosticados, segundo parâmetros clínicos e métodos complementares”, afirma o médico urologista Dimas Lemos Antunes.

“Quando o médico assistente pensa em prescrever essa terapia, ele leva em consideração uma série de fatores — presença de contraindicações, dose, via de administração, intervalo das doses. Tudo com o intuito de melhorar a qualidade de vida de seus pacientes”, esclarece.

A suplementação de hormônios é essencialmente reservada para indivíduos que apresentam deficiência desse hormônio devido a uma produção inadequada pelo próprio organismo.

Em outras palavras, é fundamental que haja uma deficiência real a ser tratada. Se esse não é o caso, alguns dos efeitos colaterais do uso não indicado são:

Infarto cardíaco e acidente vascular cerebral;

Infertilidade e disfunção erétil;

Aumento das mamas e diminuição dos testículos.

 

Como aumentar a testosterona de forma natural?

Além de terapia hormonal, há também algumas formas de aumentar a testosterona naturalmente.

A alimentação saudável, atividades físicas regulares e o sono de qualidade são os principais modos de como aumentar a testosterona.

Veja a seguir.

Tenha uma alimentação saudável e balanceada - Especialistas indicam uma dieta rica em nutrientes, incluindo proteínas magras, gorduras saudáveis, fibras, vitaminas e minerais. Também é importante ter fontes de proteína de alta qualidade, como carne magra, peixe, ovos, laticínios e leguminosas.

As gorduras saudáveis são bem-vindas, como as encontradas em abacates, nozes, sementes e azeite de oliva.

Cortar o consumo excessivo de açúcar e alimentos processados, que podem contribuir para o ganho de peso e redução do hormônio, é importante.

Faça atividades físicas regularmente - O exercício físico regular, especialmente o treinamento de resistência, como musculação, pode ajudar a aumentar os níveis do hormônio.

Profissionais da saúde também indicam evitar o excesso de exercícios aeróbicos de longa duração, pois eles podem levar a um aumento do cortisol, relacionado com o estresse, e isso pode reduzir a testosterona em específico.

Invista em boa noite de sono - A falta de sono pode levar a níveis mais baixos do hormônio, portanto, procurar dormir de 7 a 9 horas por noite é essencial. Priorizar um sono de qualidade e uma rotina de sono consistente pode ajudar a aumentar o hormônio.

Além do sono, o gerenciamento de estresse, como meditação, yoga, respiração profunda e relaxamento muscular progressivo pode ser interessante.

O estresse crônico pode aumentar os níveis de cortisol, que podem inibir a produção do hormônio.

Fonte: CNN Brasil
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