Todas as faixas etárias estão suscetíveis à infecção, mas alguns pacientes têm maior risco de gravidade e mortalidade
A dengue é uma doença que pode afetar todas as faixas etárias, mas alguns grupos estão mais suscetíveis a desenvolver quadros graves da infecção e complicações que podem levar ao óbito.
Diante do cenário epidemiológico atual — o Brasil está se aproximando dos 700 mil casos prováveis de dengue, com 122 mortes confirmadas pela doença em 2024 — é fundamental entender quem deve ter atenção ainda mais reforçada aos sintomas. De acordo com o Ministério da Saúde, os principais grupos de risco para dengue são:
- Pacientes com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial;
- Idosos acima de 65 anos;
- Lactentes;
- Crianças até 2 anos;
- Gestantes.
Pessoas com comorbidades, como as doenças crônicas, têm mais chances de apresentar maior gravidade e mortalidade por dengue, enquanto os idosos podem ter o sistema imunológico comprometido em comparação com os mais jovens.
Segundo a SOGESP (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo), a dengue é mais grave em gestantes em comparação com mulheres não grávidas e está associada à maior mortalidade materna, fetal e neonatal.
Já bebês lactentes e crianças de até dois anos correm risco maior pelos sintomas poderem ser confundidos com outras infecções comuns na faixa etária, além da identificação dos sinais de alerta ser mais desafiadora, já que os pequenos não conseguem expressar o que estão sentindo.
A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, causa sintomas como febre alta (acima de 38 ºC), dor muscular e dor atrás dos olhos. Em casos mais graves, pode levar ao aparecimento de manchas vermelhas na pele, dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramento nas mucosas, gengiva e nariz e queda na pressão arterial, sintomas que caracterizam um quadro de dengue hemorrágica, o mais grave.
Os sinais de alerta da dengue costumam aparecer após o período febril, com o declínio da febre, entre o terceiro e o sétimo dia de sintoma, e costumam ser mais comuns após a segunda infecção (existem quatro sorotipos do vírus da dengue, o que possibilita a reinfecção).
Os sinais de alerta sugerem o extravasamento do plasma dos vasos sanguíneos, indicando um quadro hemorrágico ou de choque. Ao notar esses sintomas, é fundamental buscar ajuda médica.
Nos casos mais graves, o tratamento pode ser feito em ambiente hospitalar, com a internação do paciente. Quando ocorrem complicações de saúde sérias, como insuficiência cardiocirculatória, a pessoa pode ser internada em UTI (unidade de terapia intensiva).
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