Passagens, hospedagem, roteiro turístico. Essas são apenas algumas das preocupações de quem deseja fazer uma viagem internacional.
Para uma parcela significativa da população, a lista conta com mais um item: os medicamentos. Cultivar a chamada chamada "farmacinha", que pode incluir remédios para dores, febres, alergias e enjoos, além de medicamentos controlados, se tornou um hábito.
É possível viajar para fora do Brasil carregando medicamentos. Veja algumas dicas a seguir.
Quando o remédio for na forma líquida ou em spray, o transporte fica um pouco mais restrito, mas mesmo assim é possível levar na bagagem de mão até 100 ml, em embalagem lacrada, transparente, como explica a médica infectologista Karen Mirna Loro Morejón, do setor de Medicina dos Viajantes e Imunizações do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).
Para quem toma remédio de uso contínuo, a recomendação é levar medicação suficiente para o período em que for permanecer fora do país.
A apresentação dos remédios muda de país a país, assim como a composição deles, que no Brasil são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por isso, a recomendação é levar na embalagem original, segundo a especialista.
A receita médica usada no Brasil não serve para outros países, mas é sempre bom levar a prescrição do seu médico em caso de inspeção nos aeroportos. Além disso, ter a nota fiscal da compra também é recomendável.
Caso o destino da viagem seja o hemisfério Norte, é preciso atenção porque é proibido o uso da dipirona – analgésico e antitérmico –, bastante usada no país. Além disso, alguns países exigem prescrição médica para a compra de anti-inflamatórios, que têm venda liberada no Brasil.
As pessoas diabéticas, que usam insulina, precisam se certificar de que existe serviço de câmara fria, em casos de medicamentos que precisem ficar armazenados em baixas temperaturas. Até lá, a dica é acondicionar esse remédio em um recipiente térmico.
Caso seja necessário levar itens como agulhas, seringas e broncodilatadores – as famosas bombinhas de asma –, faz-se necessário apresentar a prescrição médica, para evitar problemas e também a quantidade suficiente para o período de viagem.
A entrada de remédios ou de produtos fica sujeita às leis do país de destino, por isso se informe com a embaixada ou consulado, para não ter surpresas na viagem.
Os remédios para crianças e dependentes também devem ser lembrados. A médica infectologista destaca ainda a importância de levar curativos, antisséptico, algodão e termômetro.