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Publicado em 25/06/2021 18:28:30

A dificuldade dos homens em buscar ajuda psicológica

Estigma de que procurar ajuda é um sinal de fraqueza ainda não foi superado
Crédito: Reprodução

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o suicídio é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, entre eles a maioria homens, sendo as principais causas a depressão e a ansiedade. Porém, mesmo diante destes dados, a procura por ajuda psicológica é maior entre mulheres.

O antigo estigma de que procurar ajuda é um sinal de fraqueza, continua enraizado e longe de ser superado, pois segundo Assis, Martinhago e Queiroz (2016, p.17) temos definido ao longo da história uma construção social do que é ser homem e do que é ser mulher associados a um "conjunto de ideias e práticas que baseiam essa identidade na virilidade, na força e na própria constituição biológica do homem".

Eles continuam alicerçados em valores patriarcais e na associação do masculino à virilidade, força e dominação, onde se é formado crenças sociais desde a infância através de falas e pensamentos socialmente produzidos como: "homem não chora", não pode demonstrar sentimentos, não pode ser "fraco", deve ser o cuidador das finanças, ser destemido, ser sexualmente ativo e dominador, entre outras. Assim, automaticamente é negado ao homem a possibilidade de sentir, de sofrer e de assumir certos sentimentos em diversos contextos de sua vida, e ao assumir esse papel, ele começa a desenvolver sofrimento psíquico.

Há dois motivos que levam o homem a não procurar um psicólogo: a pressão para sempre serem "fortes", faz com que muitos relutem para admitir que precisam de ajuda; e também, por estarem tão envolvidos no papel social que desempenham, acabam não conseguindo perceber o seu sofrimento psíquico.

E infelizmente acabam buscando formas de adaptação para que o sofrimento não se evidenciam, algumas dessas estratégias são na maioria a bebida alcóolica, o cigarro, a droga e a velocidade no transito.

Para mudar esse padrão é necessário que os homens consigam entender que ter um problema de ordem mental e emocional ou física não os definem como seres humanos “fracos”. Ninguém perde nada por procurar ajuda, muito pelo contrário.

Falar sobre saúde mental se faz importante para haver mudanças. Então sempre que possível converse com seus familiares e com os homens sobre sentimentos e emoções, ofereça apoio, seja transparente e verdadeiro para com eles, compartilhe com estas pessoas textos e imagens que possam ajudar a entender melhor o que estão sentindo ou passando neste momento exato da vida.
Caso esteja preocupado com alguém próximo, os sinais a seguir podem ajudar a identificar se ele está precisando de auxilio e atenção psicológica:

• Mudança de humor;
• Diferença no desempenho do trabalho;
• Mudanças de peso;
• Tristeza, desesperança ou anedonia (perda de prazer e afastamento de coisas que costumavam proporcionar prazer);
• Isolamento;
• Aumento de sentimentos de medo e baixa autoestima;
• Identificar falas como "eu queria sumir", "queria dormir para sempre", entre outras; 
• Sintomas físicos como dores de cabeça, problemas estomacais, insônia, entre outros, precisam ser investigados.

Caso tenha reconhecido alguns desses sintomas em alguém querido, lembre-os de que pedir ajuda pode ser um sinal de força e não fraqueza, e que atualmente há muitos recursos disponíveis para ajudá-los.

Márcia Alves Hening
Psicóloga (CRP 07/28377)
Rua Sete de Setembro, 1034 - Cerro Largo/RS
Fone/Whats: (55) 9.9625.5146 (ou clique AQUI)

Fonte: Márcia Alves da Silva Hening
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