Você tem uma empresa ou serviço na área da saúde? Apareça aqui.
PUBLICIDADE

Telefones úteis em caso de emergência

SAMU
192
Corpo de bombeiros
193
Brigada Militar
190
Publicado em 14/11/2023 19:25:04

Esclareça sete dúvidas sobre os carboidratos

Podemos de fato cortar sua ingestão por completo sem prejudicar a saúde?
Imagem meramente ilustrativa (Foto: Freepik)

Existem diversos mitos e dúvidas em torno do consumo de carboidratos. Tidos como vilões por muitas pessoas, há anos eles carregam a fama de serem um dos principais culpados pelo ganho de peso - e por todas as suas consequências.

Mas será que isso é realmente verdade? E podemos de fato cortar sua ingestão por completo do cardápio sem prejudicar a saúde?

Para esclarecer essas e outras questões pertinentes ao assunto, vamos descobrir os verdadeiros efeitos dos carboidratos para o organismo e entender como eles podem estar presentes na alimentação de forma saudável, especialmente quando pensamos no coração.

 

Os carboidratos são saudáveis?

Os carboidratos são nutrientes essenciais para o organismo, nossa principal fonte de energia para manter o funcionamento de todos os processos metabólicos e atividades diárias —como respirar, pensar, caminhar, correr, digerir...

Cardápios saudáveis, dicas de exercícios e de cuidados para a mente.

Presentes principalmente em alimentos de origem vegetal, de modo geral são digeridos e convertidos em glicose, que pode ser usada como uma fonte de combustível imediata ou ficar armazenada, em forma de gordura.

 

Todo carboidrato é igual?

É preciso ficar claro que há tipos distintos de carboidratos e a qualidade nutricional varia de um para outro. Eles podem ser classificados como simples ou complexos:

- Os simples são absorvidos de forma mais rápida e fácil pelo corpo;

- enquanto os complexos demandam um processo de digestão mais lento.

Entretanto, a classificação dos carboidratos vai além dessas duas categorias. Eles também são divididos de acordo com a sua complexidade estrutural:

Os açúcares, compostos simples de cadeia curta (monossacarídeos e dissacarídeos) —por essa característica também são conhecidos como carboidrato simples. São encontrados, por exemplo, em algumas frutas e no mel (frutose), no leite (lactose) e no açúcar branco (sacarose) - ingrediente presente em muitos produtos industrializados, como doces, bebidas e diversos alimentos adoçados.

O amido, uma cadeia mais longa de compostos de açúcar (polissacarídeos). Esse tipo inclui cereais (arroz, milho, trigo, aveia, centeio e cevada), tubérculos e raízes (batata doce, batata, inhame, cará, mandioca e mandioquinha) e leguminosas (feijões, ervilha, lentilha, grão-de-bico e soja).

As fibras alimentares também são polissacarídeos, mas trata-se de um tipo de carboidrato que não é digerido pelo organismo. Em vez disso, elas passam relativamente intactas pelo estômago, intestinos e reto até serem eliminadas. E justamente por essa razão são importantes para a digestão e o funcionamento intestinal. São encontradas apenas em alimentos de origem vegetal, tais como: frutas, vegetais (hortaliças, legumes e verduras), cereais integrais, sementes e castanhas.

 

Carboidrato engorda?

Depende. Para quem consome excessivamente alimentos produzidos com açúcar e farinha branca/grãos refinados (ou seja, quando passam por um processamento industrial), como doces, biscoitos, macarrão, arroz e pão, é bem provável notar a chegada de uns quilos extras ao longo do tempo.

No entanto, para aqueles que investem nas opções integrais (não refinados), consumidas com moderação, é possível manter uma dieta equilibrada e o peso corporal dentro do que é considerado saudável.

Essa questão está ligada também com a facilidade e velocidade de absorção dos carboidratos no organismo. Como vimos, os monossacarídeos e dissacarídeos (carboidratos simples) não precisam de muito tempo para serem digeridos: sofrem uma ação rápida das enzimas digestivas e têm uma absorção igualmente veloz pelo intestino, o que traz de volta a sensação de fome, nos estimulando a comer em espaços de tempo mais curtos.

Eles provocam ainda um aumento súbito da taxa de açúcar (glicose) no sangue. Essa alta liberação, sem o uso na mesma proporção, pode fazer com que o excedente vire reserva de gordura no corpo, contribuindo para o ganho de peso, além de provocar a elevação do índice glicêmico, gerando o que chamamos de pico de glicemia (hiperglicemia) e um maior risco de doenças crônicas e fatores de risco para o coração, como a obesidade e o diabetes.

 

Quem tem diabetes não deve consumir carboidrato?

Após a absorção do carboidrato, o aumento do açúcar no sangue estimula a liberação de insulina, que permite que as células absorvam a glicose e a utilizem como fonte de energia. A insulina também tem a função de sinalizar ao fígado quando armazenar o excesso de glicose (como glicogênio).

Quem tem diabetes, entretanto, apresenta problemas na secreção ou na ação da insulina, a responsável, justamente, por esse controle glicêmico. Quando o corpo não fabrica insulina suficiente ou não consegue utilizar adequadamente o que produz, as taxas de glicose sobem.

Um diabetes sem o devido controle provoca assim um desgaste metabólico e diversas consequências para o organismo, inclusive para a saúde cardiovascular.

Por isso, os diabéticos podem — e devem — comer carboidratos, porém, precisam fazer escolhas cuidadosas tanto no tipo de carboidrato quanto na quantidade consumida, e sempre com orientação médica.

 

Devemos consumir carboidrato diariamente e em todas as refeições?

Junto com as proteínas e as gorduras, os carboidratos pertencem a um grupo que compõem todos os alimentos, chamado de macronutrientes. Pela importância no fornecimento de energia e apoio aos diferentes processos metabólicos, os macronutrientes precisam ser ingeridos todos os dias em quantidades suficientes para o bom funcionamento do corpo.

Entretanto, esse consumo deve seguir as necessidades de cada indivíduo, que pode variar de acordo com o sexo, idade, histórico e condições de saúde e até hábitos e rotina — por exemplo, quem faz práticas esportivas intensas precisa de uma quantidade maior de carboidratos para suprir o gasto energético.

Isso não quer dizer que todos nós devemos aumentar a quantidade de carboidratos que consumimos ou inclui-los obrigatoriamente em todas as refeições a partir de agora. O importante é buscar uma alimentação equilibrada, sem excessos, com uma boa combinação de todos os nutrientes essenciais para o organismo. E para isso, a recomendação é, novamente, procurar a orientação de um profissional especializado.

 

É possível substituir o carboidrato nas refeições e seguir uma dieta saudável?

Dependendo das necessidades do corpo, na falta de carboidratos, as gorduras e proteínas podem ser quebradas e utilizadas como combustível. Entretanto, é preciso atenção quando esse cenário se repete com frequência.

Isso porque as proteínas desempenham um papel importante na reparação, construção e crescimento das fibras musculares. Assim, quando a ingestão de calorias provenientes de carboidratos é inadequada, a capacidade da proteína de promover o crescimento e o reparo dessas células fica comprometida. Além disso, digerir muita proteína pode ser difícil para os rins com o passar do tempo.

Outra opção para o organismo é usar a gordura como combustível, no entanto, ela produz compostos chamados cetonas, que em longo prazo, elevam o nível de ácido no sangue, sendo prejudicial à saúde.

Entre os sintomas do consumo insuficiente de carboidratos, é possível citar:

- hipoglicemia,
- irritabilidade,
- desnutrição,
- constipação intestinal,
- fadiga,
- cansaço,
- emagrecimento exagerado,
- depressão,
- entre outros.

Portanto, os carboidratos não devem ser banidos da alimentação, e tanto seu excesso quanto sua falta são prejudiciais. Isso vale também para as proteínas e gorduras. É preciso ficar claro que todos esses nutrientes são importantes e trabalham juntos para manter o corpo em pleno funcionamento.

 

Quais as melhores escolhas na hora de montar o prato?

Como vimos, a distinção entre um carboidrato e outro tem como base a qualidade e o valor nutricional oferecido por eles. As opções mais acertadas estão entre aqueles que se encaixam na categoria de carboidrato complexo, pois são mais nutritivos e apresentam uma absorção mais lenta —dessa forma, mantêm a sensação de saciedade por mais tempo.

De modo geral, a ideia é investir em carboidratos saudáveis e complexos e não exagerar nos simples.

Procure assim dar preferência aos grãos não refinados, como quinoa, centeio e cevada, em vez de pão branco, bolos e alimentos altamente processados.

Frutas e vegetais inteiros não processados são melhores do que sucos.

E uma boa ideia é deixar de lado as batatas, especialmente as fritas, em favor de feijões, grão-de-bico e outras leguminosas.

Fonte: Viva Bem / Uol
carboidrato

CONTINUE SE INFORMANDO

Receba nossas notícias pelo WhatsApp