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Publicado em 03/07/2025 17:47:26

Mamografia 3D é mais precisa no diagnóstico

Saiba mais sobre novo exame para detectar câncer de mama
No Brasil é recomendado o exame todo ano, para mulheres a partir dos 40 anos (Foto: Canva)

Tecnologia permite identificar tumores com mais precisão e reduz a necessidade de repetir exames inconclusivos

Detectar o câncer de mama o mais cedo possível salva vidas! E nisso, a mamografia sempre foi uma grande aliada. Mas, como toda tecnologia, ela também evolui. Hoje, a tomossíntese mamária, ou mamografia 3D, vem ganhando espaço na rotina de saúde da mulher.

Mas afinal, o que há de diferente nessa técnica? E por que tantas mulheres estão sendo beneficiadas por essa inovação?

 

Vantagens sobre a mamografia convencional

A mamografia convencional, também chamada de 2D, já é amplamente usada como método de rastreamento para mulheres a partir dos 40 anos. Ela funciona como uma “radiografia” da mama, capturando imagens em duas dimensões. Apesar de eficaz, essa técnica tem uma limitação: mesmo com a compressão, os tecidos da mama ficam sobrepostos na imagem, e pequenas lesões podem se esconder ou gerar imagens suspeitas, mas que não são nada. Esse efeito pode levar tanto a diagnósticos perdidos quanto a exames e biópsias desnecessárias.

É aí que entra a tomossíntese. Ao invés de produzir uma única imagem achatada, essa técnica tira várias imagens da mama em diferentes ângulos, que depois são reconstruídas em "fatias" finas, quase como se fosse uma tomografia da mama. Isso permite que os médicos enxerguem a mama camada por camada, reduzindo a chance de erros causados pela sobreposição dos tecidos.

 

Melhor precisão e menos reconvocações

Os resultados têm sido animadores. A tomossíntese pode aumentar a taxa de detecção de cânceres quando bem indicada, especialmente em mulheres com mamas densas, um tipo de mama mais comum em mulheres jovens e que costuma ser mais difícil de avaliar com a mamografia convencional.

Outro benefício é a redução no número de reconvocações: aquelas situações em que a mulher precisa voltar à clínica para repetir o exame ou fazer uma ultrassonografia por causa de uma imagem inconclusiva. Com a imagem mais clara e detalhada, esse tipo de dúvida diminui.

 

Desafios e papel complementar no rastreamento

Como toda inovação, a tomossíntese ainda enfrenta desafios. O custo é um pouco mais alto que o da mamografia 2D e nem todos os serviços de saúde contam com o equipamento. A dose de radiação é ligeiramente maior, mas ainda dentro de limites seguros. E a interpretação das imagens exige treinamento específico do radiologista, reforçando a importância da experiência profissional para que o exame cumpra seu papel com excelência.

É importante lembrar também que a mamografia, seja 2D ou 3D, não substitui outros métodos em casos específicos. O ultrassom segue sendo essencial no rastreamento do câncer de mama, complementando as informações da mamografia e tomossíntese. Já a ressonância magnética pode ser indicada caso a caso, sendo um complemento mais específico. Nenhum método é absoluto — cada um tem sua função e, juntos, formam uma estratégia de rastreamento poderosa e personalizada.

No fim das contas, a tomossíntese representa mais do que um avanço tecnológico: ela é mais uma chance de diagnóstico precoce, mais segurança na interpretação dos exames e mais tranquilidade para as mulheres. Quando falamos em câncer de mama, cada pequena vantagem pode fazer uma grande diferença.

Se você tem dúvidas sobre qual exame deve fazer, converse com seu médico. O mais importante é não deixar os exames de rastreamento de lado, pois quando o assunto é câncer de mama, o tempo é um fator decisivo. Quanto mais cedo ele for descoberto, maiores são as chances de cura e de preservar a qualidade de vida.

Fonte: Radiologista Felipe Roth Vargas (CRM 155352 SP | RQE 94668)
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