O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou, no começo da noite desta sexta-feira (14/5), o novo modelo de combate à Covid-19 no Estado, o Sistema 3As de Monitoramento.
Segundo Leite, a medida favorece a governança, aumenta o diálogo com as prefeituras e se adequa ao novo momento da pandemia, considerando também o ritmo da vacinação.
Até a meia-noite deste sábado, as regras seguem sendo as mesmas. De acordo com Leite, o decreto será preparado ao longo das próximas horas e enviado às prefeituras ao longo deste sábado para ser publicado.
"Entendemos que era o caso de aperfeiçoar o modelo de Distanciamento, de intensificar a adesão da população e das prefeituras e de aplicar novos padrões de monitoramento também em função da vacinação", afirmou Leite. "Antes eram onze indicadores, eles estavam com a métrica definida em variações e percentuais, isso tinha uma complexidade e também os protocolos, eram muitos e complexos. Por isso, entendemos que era o caso de simplificar", acrescentou.
Com o novo modelo, o RS passará a contar com três níveis de classificação para a gravidade da pandemia nas regiões, substituindo as cores das bandeiras do modelo anterior. Agora, serão avisos, alertas e ações.
Nos avisos, não existe obrigação das regiões de agirem. Trata-se, segundo o governador, de uma chamada de atenção para algum fato analisado pelo GT Saúde.
Os alertas, por sua vez, serão emitidos quando uma tendência grave for observada pelo Comitê de Dados da pandemia. Esse alerta será enviado ao Gabinete de Crise, que analisará se formaliza ou não ele para a região. Ao ser acatado, a região, aí sim, precisará agir.
No nível mais grave, a ação, caberá a região apresentar um nível de resposta ao Gabinete de Crise. O Estado analisará, e, entendendo a resposta ser adequada, a região deve aplicá-la imediatamente. Caso a resposta não seja adequada, o governo pode estipular ações adicionais a serem seguidas na região em situação de alerta.
Protocolos
No novo modelo, a população será regida por dois tipos de protocolos: os gerais e os de atividades. Os protocolos gerais serão definidos pelo governo do Estado e devem ser seguidos obrigatoriamente por toda a população, em todas as atividades e em todos os municípios.
Já os protocolos de atividades são subdivididos entre obrigatórios e variáveis. Os da primeira categoria são específicos e devem ser seguidos para cada atividade e os variáveis serão propostos pelo Estado como padrão, mas poderão ser ajustadas por uma determinada região para adequá-las à sua realidade. Caberá as regiões terem dois terços de aprovação entre as prefeituras do município e os protocolos serem enviados ao governo estadual.
Três regiões já devem receber avisos
Ao apresentar o novo modelo, Leite explicou que, analisando os dados atuais, três regiões do Estado devem receber avisos pelo GT Saúde: Santo Ângelo, Ijuí e Cachoeira do Sul..
No caso das duas primeiras, ao contrário do Estado em geral, os dados apontam para um crescimento no número de casos, óbitos, hospitalizações em leitos clínicos e em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
Em Cachoeira do Sul, Leite chamou a atenção para o alto índice de ocupação nos leitos de UTI. Atualmente, a região registra 160% e um déficit de 12 leitos.