Diversos locais do país podem registrar temperaturas históricas para essa época do ano, de acordo com a Meteorologia
Diante de uma onda de calor sufocante, diversos locais do país podem registrar temperaturas históricas para esta época do ano, de acordo com institutos de meteorologia. O alerta é de que o calor intenso pode, inclusive, representar riscos para a saúde da população.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso especial de nível laranja, que indica perigo, válido até as 18h do próximo dia 22. Segundo o Inmet, é possível que a situação piore após sexta-feira (22).
Em áreas das regiões Centro-Oeste e Norte, além do interior de São Paulo, especialmente, as temperaturas máximas devem passar dos 40°C. Na capital paulista, são esperadas temperaturas máximas acima dos 35°C a partir de sexta-feira.
Confira algumas dicas para lidar com o calor extremo:
A água é essencial para a hidratação humana, regulando a temperatura corporal e ajudando no transporte de oxigênio, nutrientes e sais minerais.
De acordo com, Wendell Porter, professor emérito de engenharia agrícola e biológica da Universidade da Flórida, a temperatura da água não é relevante, porque o próprio organismo irá aquecê-la.
"Quando a pessoa sente sede já é um sinal de desidratação. Então temos que prestar bastante atenção. Um cálculo interessante para saber a quantidade de água a ser ingerida por dia é multiplicar cada quilograma do corpo por 0,035. Se a pessoa pesa 70 kg, por exemplo, basta multiplicar por 0,035", sugere a nutricionista Gabriela Cilla.
Para quem tem dificuldade para consumir água, vale colocar despertadores e deixar garrafas próximas aos ambientes mais frequentados, recomenda Cilla.
Os alimentos in natura costumam ser as melhores opções para os dias quentes, porque possuem alto percentual de água.
Segundo informações do Ministério da Saúde, o “leite e boa parte das frutas contêm de 80% a 90% de água. Verduras e legumes cozidos ou na forma de saladas costumam ter mais do que 90% do seu peso em água. Um prato de feijão com arroz é constituído de dois terços de água”.
Cilla complementa a recomendação citando alguns dos alimentos mais ricos em água: "melancia, morango, maçã, laranja, por exemplo. Além de verduras verde-escuras, como pepino, couve-flor e brócolis".
O consumo desses alimentos e de chás gelados também pode ajudar a aumentar a ingestão diária de líquidos para aqueles que têm dificuldade de beber água, explica a nutricionista.
Os ventiladores são aliados conhecidos dos dias quentes. Mas a dica é posicionar os equipamentos voltados para as janelas dos ambientes, de modo que o ar quente seja soprado para fora e substituído pelo ar frio.
Manter as janelas abertas nos momentos menos quentes ou sem incidência do Sol também ajuda na ventilação do ambiente, reduzindo a temperatura da casa.
Se as janelas ficarem voltadas para a direção do sol de manhã à tarde, é importante fechar as cortinas ou persianas para "evitar que o sol entre diretamente na casa e aqueça (o) interior", disse Porter.
As cortinas blackout — que bloqueiam a luz que vem de fora — podem ser ainda mais eficiente para isolar o ambiente e reduzir os aumentos de temperatura que aconteceriam durante o dia.
Embora não tenha como objetivo amenizar o calor, o filtro solar é indispensável para proteger a pele durante os dias mais quentes.
O Ministério da Saúde recomenda que os protetores solares sejam "aplicados 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplicados a cada duas horas ou após nadar, suar e se secar com toalhas".
Para se proteger do sol também vale usar acessórios de verão, como chapéus, guarda-sóis, óculos escuros e camisas de mangas longas com proteção UV.