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Publicado em 01/12/2025 16:13:41

Mounjaro: 82% ganham peso após tratamento

E quanto maior o reganho de peso, maior foi a perda dos benefícios anteriores
Imagem meramente ilustrativa (Foto: Reprodução)

Estudo também mostrou que quanto maior for o reganho de peso, maior é a "perda" de benefícios como redução da pressão arterial, melhora do colesterol e da resistência à insulina

Um estudo mostrou que a maioria (82%) das pessoas que haviam perdido peso usando Mounjaro recuperou pelo menos 25% do peso perdido um ano após parar o remédio. Além disso, quanto maior o ganho de peso, maior foi a "perda" dos benefícios anteriores, como redução da pressão arterial, melhora do colesterol e da resistência à insulina.

O trabalho foi publicado na revista científica JAMA Network Open no final de novembro e tratou-se de uma análise post hoc (que examina dados de outro estudo após ele ser concluído) do ensaio clínico SURMOUNT-4, que incluiu 308 participantes. O objetivo era avaliar as alterações nos parâmetros cardiometabólicos de acordo com o grau de reganho de peso após o fim do uso de Mounjaro.

Para a análise, foram incluídos participantes tratados com tirzepatida (o princípio ativo do medicamento) que apresentaram redução de peso de 10% ou mais após 36 semanas de tratamento. Os dados foram coletados de março de 2021 a maio de 2023 e analisados de fevereiro de 2024 a março de 2025.

Segundo o estudo, 82% das pessoas que haviam perdido peso com Mounjaro recuperaram pelo menos 25% do peso perdido um ano após parar o remédio. Os benefícios obtidos com o remédio, como melhora da pressão arterial e do colesterol, também foram perdidos entre aqueles cuja recuperação de peso foi maior. Por exemplo: pessoas que recuperaram 75% ou mais do peso perdido viram suas melhorias revertidas quase completamente em várias medidas de saúde.

Já aquelas que conseguiram manter a perda de peso após um ano também conseguiram permanecer obtendo benefícios cardiometabólicos, como melhora do colesterol e da resistência à insulina, das medidas da cintura e da pressão arterial.

Para os pesquisadores, os achados do estudo reforçam que o tratamento da obesidade deve ser contínuo e associado a outros métodos não medicamentosos, como adoção de uma dieta saudável e com equilíbrio de calorias e prática de exercícios físicos, além de acompanhamento psicológico.

"A obesidade é uma doença crônica e progressiva que frequentemente requer tratamento de longo prazo. Assim como outras condições crônicas, a terapia deve continuar quando houver indicação médica para a manutenção dos benefícios", afirma a Eli Lilly em nota enviada à reportagem sobre o estudo.

"Mudanças no estilo de vida – dieta, exercícios e acompanhamento – podem não proporcionar perda de peso suficiente e sustentada para garantir saúde a longo prazo para todas as pessoas. Muitos indivíduos necessitam de diferentes níveis de suporte médico combinados com modificações personalizadas no estilo de vida para alcançar e manter seus objetivos de peso", completa a nota. 

Fonte: CNN Brasil
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